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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Férias na praia

Nada como passar uns dias na praia! É lindo ver pessoas de bem com a vida, saudando a natureza e deixando todas as suas partes à mostra... A dona menina, quem diria, deixou de lado as camisetas de manga e passou a usar o discreto biquíni tomara-que-não-caia! A praia é um lugar ideal para encontrar figuras inusitadas e isso é bom, pois você acaba percebendo que você não é tão estranho assim...

O lugar sugere roupas leves, protetor solar e muita paciência para as atividades diárias... é muito difícil ter que escolher entre ficar no mar ou tomar água de coco na sombra, ficar torrando na areia como um frango assado no mercado ou comer os leves aperitivos que são servidos, como camarão, lagosta e peixe ao leite de coco.

Um dos grandes aprendizados que temos com essas viagens é a convivência com os nativos: pessoas adoráveis que tentam se comunicar conosco utilizando a nossa querida língua portuguesa. Lembro-me de um certo menino vendendo queijo coalho pela praia. O diferencial desse menino era a maneira de vender o produto, pois ele passava falando: “- Oooooooolha o queijin corega! Oooolha o queijin corega!” (Sim, eu disse “corega”. Para quem tem o hábito de assistir propagandas na tv sabe que corega é aquela fita adesiva que fixa a dentadura no céu da boca...até a Suzana Vieira é a garota propaganda, mas ela faz questão de frisar que os dentes que ela tem são dela mesma. E ela tem toda a razão! Quem paga tem o total direito de dizer que é seu! Enfim, a Suzana, no auge dos seus 25 anos, não precisaria usar dentadura nenhuma para mostrar o seu lindo sorriso).

Que seja... Tive que perguntar para o menino sobre o queijo “corega”. (Talvez fosse um queijo que fixa no céu da boca ou que quebrasse o dente a fim de usar dentadura no futuro... enfim...)

“Ei menino, que queijo corega é esse que você diz?”

“Olha, moço... Aqui eu tenho o queijo “corega” e o queijo “sem orega”...

“Hein?”

“É isso mesmo, o corega é com esse matin aqui...”

“Ah, você ta falando do orégano?”

“Isso aí mesmo... E ai, vai um queijin cum orega?”

Isso é o resultado da grande diversidade que o Brasil possui... Creio que seja uma forma de chamar a mesma coisa por nomes diferentes, assim como temos a mandioca, macaxeira ou aipim... mexerica ou tangerina...

O melhor de tudo é que na praia sempre temos aquelas ofertas imperdíveis que deixa o turista tão empolgado que o leva a comprar o produto imediatamente.

“Moço, quanto custa o Sundown?”

“É 50 reais, vai levar?? Na compra de um você ainda concorre ao sorteio de uma borracha pra panela de pressão!”

Realmente é só na praia que nós vemos coisas do tipo. Nunca vi aqui em Brasília um queijin corega ou um sorteio tão significativo quanto de uma borracha pra panela de pressão. Talvez devamos nos atentar para essas estratégias de marketing. Acho que o mercado esta precisando disso: brindes inovadores e um pouquinho de corega para fixarmos um pouco mais as nossas ideias.

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